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  • Boate Kiss: advogados de acusação e de defesa relatam quais linhas deverão seguir no júri popular

    O incêndio da Boate Kiss, que deixou 242 mortos em 2013, em Santa Maria, teve novos desdobramentos em relação ao júri dos quatro réus que respondem pelo crime. Após ser adiado no ano passado, agora o júri tem data marcada para o dia 1º de dezembro, em Porto Alegre, a partir das 9h.

    No programa Manhã News desta quinta-feira, 8 de abril, foram entrevistados o advogado que representa a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Pedro Barcellos Júnior, e o advogado do réu Luciano Bonilha Leão, Jean Severo.

    O advogado que representa as famílias de vítimas e sobreviventes da tragédia da Boate Kiss, pontuou que o processo andou rápido, visto a sua dimensão, mas para os familiares das vítimas e sobreviventes que até hoje sofrem com sequelas, o processo está durando uma eternidade. Barcellos apontou que o tribunal tirou algumas qualificadoras do processo, como a dificuldade de defesa das vítimas, asfixia e ganancia, mantendo como tentativas de homicídio, mas tornando-as em homicídio simples. Desta forma, o tribunal entendeu que o homicídio era simples e não qualificado.

    “Cada réu dizendo seus motivos para que não sejam condenados. E a acusação dizendo que os quatro agiram sim com dolo eventual, quando criaram o risco, aceitaram o risco e esse risco foi posto em prática e veio a acontecer”, comenta ele.

    Um dos réus, Luciano Bonilha, trabalhava como roadie de palco da banda Gurizada Fandangueira na noite do incêndio que vitimou 242 pessoas, segundo relata o advogado de defesa, Jean Severo. Ele comenta que na época o profissional trabalhava como freelancer e receberia R$ 50,00 pelos serviços prestados.

    O advogado irá trabalhar com a tese defensiva de negativa de autoria, afirmando que para dolo eventual, no caso do Luciano, ““Ele teria que ter previsto, em um primeiro momento, que a boate pegaria fogo. E no final da conduta dele, ele prever que aquilo ia acontecer, que a boate pegaria fogo. E ele pensa consigo mesmo assim: ´ah, vai pegar fogo? Que se dane´. Agora, você acha que isso aconteceu? Ou qualquer um dos quatro?. Eu vou ser bem franco, eu não tenho papas na língua, para mim dois tem que ser condenados, que são os donos da boate. E que sejam condenados como? Homicídio culposo, eles foram negligentes.”

    Cada um dos réus será julgado dentro das suas condutas praticadas, assim poderá ocorrer penas diferentes entre eles. Um dos grandes interesses da associação, abordou Pedro, é de que agentes públicos também sejam julgados, não pela prática do homicídio – que se direciona apenas aos quatro réus-, mas pelas inúmeras falhas que contribuíram com a tragédia, fazendo com que sejam responsabilizados.  

    Para finalizar, Jean Severo comenta que Luciano ainda reside e trabalha em Santa Maria, e que gostaria que júri tivesse sido mantido na cidade em que aconteceu a tragédia. “Quando o Ministério Publico percebeu que o Luciano iria ser absolvido em Santa Maria, recorreu. E começou a enfiar um recurso atrás do outro, um recurso atrás do outro, para o júri não sair. O júri marcado atrasado. Então nós temos a tranquilidade que ele vai ser absolvido, é um rapaz que sofre muito, é um trabalhador, um homem humilde, um cara de família, não merecia ter sido denunciado”, completa o advogado que aponta que as cadeiras dos réus deveriam ser preenchidas por outras pessoas e não pelo seu cliente.  

    Os quatro réus respondem em liberdade. Confira o áudio das entrevistas:

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    No Ar: Corujão com . 23:00 - 00:00

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    Madrugada 91

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    Rede Gaúcha Sat

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    Corujão

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