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  • Julgamento de Leandro Boldrini poderá se estender por quatro dias

    Médico será julgado pela morte do filho Bernardo em Três Passos a a partir do dia 20

    O Julgamento do médico Leandro Boldrini, acusado de ser o mentor intelectual do assassinato do próprio filho, Bernardo Boldrini, deverá ter duração de quatro dias, na expectativa dos advogados de defesa.

    Na primeira fase, de instrução, serão ouvidas em plenário 15 testemunhas - cinco de acusação e 11 de defesa - sendo uma delas, comum às duas partes e  interrogado o réu.

    Depois, na etapa dos debates, haverá 1h30min para o Ministério Público apresentar a sua tese acusatória e o mesmo período para a defesa de Boldrini contrapor a acusação. Caso decidam ir à réplica e à tréplica, cada parte terá 1 hora para reforçar seus argumentos.

    Vencida todas essas etapas o conselho de sentença se reúne para proferir os votos e decidir o futuro do médico.  

    Relembre o caso:

    Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, desapareceu em 4/4/14, em Três Passos. Seu corpo foi encontrado dez dias depois, dentro de um saco, enterrado às margens do rio Mico, em Frederico Westphalen.

    Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta Graciele Ugulini, admitiu o crime e apontou o local onde a criança foi enterrada. Para o Ministério Público, Leandro Boldrini foi o mentor intelectual do crime. Ele e a companheira não queriam dividir com Bernardo a herança (motivo torpe) deixada pela mãe dele, Odilaine, falecida em 2010, e o consideravam um estorvo para o novo núcleo familiar (motivo fútil). O casal ofereceu dinheiro para Edelvânia ajudar a executar o crime (motivo torpe).

    Bernardo, não sabendo do plano, aceitou ir até Frederico Westphalen com a madrasta para ser submetido a uma benzedeira (dissimulação). O menino acabou morto por uma superdosagem de Midazolam, potente sedativo de uso restrito (emprego de veneno). Seu corpo foi enterrado em uma cova vertical, aberta por Evandro Wirganovicz.

    Depois de ajudar a matar e enterrar o filho (ocultação de cadáver), para que ninguém descobrisse o crime, Leandro Boldrini fez um falso registro policial do desparecimento de Bernardo (falsidade ideológica).

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