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  • Vacina oral contra poliomielite não será mais aplicada no Brasil

    Gotinha será substituída por aplicação injetável visando garantir mais eficácia, diz ministério

    O Ministério da Saúde está substituindo as duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), popularmente conhecida como gotinha, por uma dose da vacina inativada (VIP), que é injetável. O objetivo é alinhar o esquema vacinal às práticas já adotadas por países como os Estados Unidos e nações europeias.

    Segundo o Ministério, a mudança vai garantir maior eficácia do esquema vacinal, que será exclusivo com a vacina injetável.

    O novo esquema inclui três doses da vacina injetável administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, além de uma dose de reforço aos 15 meses. O Ministério da Saúde já enviou orientações aos estados para que preparem os municípios para a implementação das novas diretrizes.

    As doses da vacina oral poliomielite bivalente que estejam lacradas em estoque nos municípios serão recolhidas pelo Ministério da Saúde até o dia 31 de novembro. Desde segunda-feira, 4 de novembro, apenas as doses da vacina injetável deverão estar disponíveis nas salas de vacinação.

    Agora, será necessária apenas uma dose de reforço com a vacina injetável, aos 15 meses de idade.

    Novo esquema vacinal com a aplicação injetável contra a polio

    – 2 meses: 1ª dose
    – 4 meses: 2ª dose
    – 6 meses: 3ª dose
    – 15 meses: dose de reforço

    Avanço para segurança vacinal
    A nova estratégia, com uso da vacina, é mais um passo na erradicação da poliomielite no Brasil. O país está há 34 anos sem a doença e contabiliza 47 anos de sucesso de uso da vacina oral nas estratégias de vacinação no combate contra a poliomielite desde que foi introduzida de forma oficial em 1977.

    O Brasil tem se destacado positivamente no avanço das coberturas vacinais, mesmo após enfrentar declínios desde o ano de 2016. E a vacinação contra a poliomielite no país é uma das causas do resultado positivo.

    Em 2023, a cobertura vacinal para poliomielite alcançou 86,55%, um crescimento de aproximadamente 10,8% em relação a 2022, quando a cobertura vacinal alcançou 77,20% em 2022. Os dados estão contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

    Zé Gotinha
    Apesar da substituição da vacina oral, o Ministério da Saúde garante que o personagem Zé Gotinha, criado nos anos 1980 para incentivar a adesão das famílias, continuará sendo um símbolo da imunização no país.

    “O Zé Gotinha é um símbolo universal na missão de salvar vidas e um aliado importante na educação e no combate às notícias falsas. Ele seguirá firme nas ações de conscientização”, explica o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti.

    *Com informações de Agência Brasil/Prefeitura de Frederico Westphalen

    João Victor Cassol - Jornalismo Grupo Chiru
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