Acareação entre Alexandra e Rodrigo, pais de Rafael Wuinques, vai decidir o julgamento, diz advogado

Alexandra Salete Dougokenski, acusada pela morte do filho, Rafael Mateus Winques, de 11 anos, na cidade de Planalto, em maio de 2020 irá a julgamento na próxima segunda-feira(21), no município onde ocorreu o fato. Alexandra está presa preventivamente na Penitenciária Municipal de Guaíba.

O caso:

Rafael Winques desapareceu no dia 15 de Maio de 2020. O corpo foi encontrado 10 dias depois, em uma caixa de papelão colocada no terreno da casa vizinha onde vivia com a mãe. A causa da morte indicada pela perícia foi asfixia mecânica, provocada por estrangulamento. A denúncia contra Alexandra – que confessou à polícia a autoria do assassinato – foi recebida pela Justiça em 13/7. Ela responde por homicídio qualificado e outros três crimes conexos - ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.

Durante entrevista ao Grupo Chiru, nesta quinta-feira(17), o advogado de Alexandra, o criminalista Jean Severo disse que durante os atos do julgamento ficará provado que o responsável pelo crime foi o pai de Rafael, o agricultor Rodrigo Winques, que sustenta a tese que estaria em Bento Gonçalves na noite do crime. 

“Nós temos evidências que o Pai do menino estava em Carazinho nos dias em que o crime foi cometido e isso será revelado durante o julgamento”, disse o advogado. Jean Severo contou ainda que a versão oficial, entregue por Alexandra, relata que o pai do menino tinha ciúmes da relação dela com o ex namorado e que isso o deixava violento. “No dia da morte do menino, conforme Alexandra, teve uma briga entre ela e o pai do menino no qual Rafael sofreu o estrangulamento.

Após o fato, o pai obrigou Alexandra a esconder o corpo sobre forte ameaça”, ressaltou. “Ou tu esconde ou eu mato o Anderson, tu sabe que eu sou matador”, explicou o advogado replicando uma suposta fala do Pai narrada por Alexandra. 

Jean Severo ressaltou ainda que a acareação entre Alexandra e Rodrigo, mãe e pai de Rafael, que já foi proferida pela justiça, irá decidir o julgamento. Questionado do porque Alexandra confessou o crime e ocultou fatos tão relevantes da polícia, Jean Severo ressaltou que ela estava em estado de choque e com muito medo e acabou confessando o crime em condições anormais, sem a presença de um advogado, por exemplo. "Eu abandonei o caso depois do que vi no palácio da Políca em Porto Alegre, só retomei ao processo por entender que Alexandra é inocente", disse. 

O Grupo Chiru anuncia a cobertura completa do júri durante todos os dias do evento com programas ao vivo e conteúdos especiais nas plataformas digitais do grupo.