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  • Funai pede intervenção federal na Terra Indígena Guarita

    Tropas para conter atentados entre grupos de caingangues poderão ser do Exército, Força Nacional de Segurança ou PF

    As autoridades federais estão dispostas a pôr fim ao conflito que opõe dois grupos caingangues na Terra Indígena Guarita, a maior comunidade indígena do Rio Grande do Sul.

    O embate culminou com atentado a tiros de fuzil contra o cacique Carlinhos Alfaiate, no fim de semana.  Na segunda-feira, 21 de outubro, a Fundação Nacional do Índio (Funai) protocolou no Ministério da Justiça o pedido de intervenção federal no local.

    A palavra final será do ministro Sergio Moro. A rixa na TI Guarita (situada entre os municípios de Tenente Portela, Miraguaí e Redentora, próximo à fronteira com a Argentina) opõe o atual cacique, Carlinhos Alfaiate, e o vice-cacique, Vanderlei Ribeiro, o Vandinho.

    Os dois partilham a governança sobre os índios há cerca de dois anos e se desentenderam a respeito da nomeação de cargos em escolas e postos de saúde, entre outros assuntos.

    A disputa entre os grupos dos dois líderes indígenas resultou em seis atentados a tiros em duas semanas, além de duas casas incendiadas, segundo a polícia. Em pelo menos um caso, um caingangue declarou ter sido sequestrado e torturado por índios rivais.

    Uma das residências incendiadas foi a do cacique Carlinhos Alfaiate, que escapou por pouco da morte. A casa foi atacada por cerca de 15 homens armados, conforme testemunho dele e da esposa, que foi cercada pelos agressores, alguns deles encapuzados. O ataque deixou toda perfurada por tiros uma van do cacique e o imóvel foi completamente queimado por tochas embebidas em líquido inflamável.

    É na tentativa de cessar com os distúrbios que o coordenador Regional da Funai, Aécio Galiza Magalhães, fez memorando para o Ministério da Justiça, no qual sugere intervenção federal na Reserva da Guarita. Caso seja atendido, o pedido resultará na destituição de Alfaiate e de Ribeiro. Um interventor seria nomeado pela Funai, talvez um militar. Isso já aconteceu em outros locais do país.

    — Pedi isso antes que aconteça uma chacina, uma tragédia. A intervenção pode ser por forças do Exército, pela Polícia Federal ou pela Força Nacional de Segurança (tropa de elite formada por policiais militares e civis). Os líderes dos dois grupos sentaram para negociar há duas semanas, foram firmados acertos, mas os acordos foram rompidos —, justifica Aécio.

    Entre os acertos que foram esboçados estaria uma distribuição mais equitativa de cargos nomeados pelo cacique e vice.

    Aécio é coronel da reserva do Exército e foi indicado para o posto pelo general Franklimberg Ribeiro de Freitas, que foi presidente da Funai até junho.

    Aécio coordena a regional da Funai em Passo Fundo, que responde por todas as reservas caingangues do RS. Aécio não sabe se o pedido será atendido, mas salienta para o risco de pessoas inocentes serem mortas no conflito. A intervenção não teria prazo para acabar.

    O Ministério Público Federal (MPF) também solicitou intervenção. Em memorando à Polícia Federal, a procuradora da República Camila Bortolotti, que supervisiona de forma interina as ações referentes à Reserva da Guarita, solicitou o reforço de policiamento naquela área indígena.

    A PF até o momento realizou perícia nas casas incendiadas, mas o pedido é para que seja reforçado o contingente de federais, com envio de pessoal de Porto Alegre, se necessário e também com apoio da Brigada Militar.

    Fonte: GaúchaZH

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