Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Laticínios Mondaí e suspende ações movidas contra a empresa

A Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial feito pela Laticínios Mondaí e determinou a suspensão, por 180 dias, de todas as ações movidas contra a empresa. A Mondaí terá prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação que deve detalhar a viabilidade para pagamento  dos credores, incluindo os produtores de leite. O total de passivos é de R$ 42 milhões. A decisão da justiça paralisa temporariamente a ação judicial coletiva, em nome de produtores de leite do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, movida pela Fetraf em 20 de novembro de 2014, no valor de R$ 475 mil. Em dezembro de 2014, o juiz da segunda vara cível da Comarca de Três Passos/RS, Fernando Vieira dos Santos, determinou o bloqueio de bens da Mondaí e dos sócios, com o objetivo de garantir o pagamento aos agricultores. “Essa nova configuração representa um retrocesso pois tínhamos a expectativa de que os  produtores recebessem em curto prazo, em virtude do bloqueio de bens já determinado pela justiça, em resposta à ação movida pela Fetraf. Agora tudo volta à estaca zero”, lamenta a coordenadora da Fetraf-RS, Cleonice Back. Porém, ela ressalta que apesar do recuo que a recuperação judicial representa neste momento, ela ainda é mais vantajosa que um pedido de falência. “O pedido de falência é desfavorável para os produtores pois os coloca no último lugar da fila de credores”, destaca.   Entenda o caso A Mondai e os sócios proprietários Irineu Otto Bornholdt e Vilson Claudenir Jesuíno Freire foram acusados pelos produtores de não pagarem pelo leite in natura que receberam para comercialização. A empresa é uma das investigadas na operação Leite Adulterado, coordenada pelo Ministério Publico de Santa Catarina.     Fetraf-Sul Douglas Biguelini - Jornalismo Grupo Chiru Comunicações