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Atualizado em 25/09/2020 às 11:06
Região sul do estado deve ser a mais afetada pelo La Niña, diz Emater
Fenômeno provoca diminuição de chuvas em algumas regiões
De acordo com o extencionista rural do Escritório Municipal da Emater de Palmitinho, Alex de Mello Rubin, o fenômeno La Niña provoca alterações climáticas em todo o globo.
Ele explica que como as águas do oceano pacífico resfriam, a evaporação diminui, fazendo com que as chuvas fiquem abaixo da média. Já o El Niño provoca o efeito contrário, pois o aquecimento das águas aumenta a evaporação e consequentemente as chuvas.
Conforme Rubin, no caso do Brasil, o La Niña deve influenciar no clima até janeiro de 2021. Na região sul (RS, SC e PR) vai ser registrado escassez de precipitações, porém no nordeste do país (AL, BA, CE, MA, PB, PE, PI, RN e SE) que tradicionalmente enfrenta secas severas, estão sendo esperados grandes acumulados ao longo dos próximos quatro meses.
Falando especificamente no Rio Grande do Sul, Rubin enfatiza que o extremo sul do estado deve ser o mais afetado, mas nas demais regiões também vão ser registradas diminuição dos volumes de chuva.
O extencionista orienta os agricultores a cultivarem o milho do cedo, para evitar que as plantas sejam muito afetadas. Com isso, a silagem de qualidade vai garantir a alimentação do gado de leite nos períodos mais críticos, não afetando a produção.
Com relação ao cultivo da soja, Rubin cita que o produtor pode comprar sementes que são resistentes à seca. Já no caso do trigo, o La Niña é benéfico, pois permite a colheita do cereal sem causas danos a planta.