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  • Escolas da 20ª CRE celebram a cultura e as tradições ancestrais

    Na região de abrangência da 20ª CRE, são 11 escolas indígenas com mais de 900 alunos

    Escolas da 20ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) promoveram, ao longo deste mês, diferentes ações visando comemorar o Dia dos Povos Indígenas, celebrado no dia 19 de abril. As atividades buscam celebrar a cultura, promover a valorização das tradições ancestrais e contribuir para a construção de uma sociedade inclusiva e que respeita sua história.

    Em Iraí, a Escola Estadual Indígena Nân Gã, celebrou juntamente com outras instituições, a sabedoria e a ancestralidade do povo indígena Kaingang, em uma festa realizada nos dias 18 e 19 de abril. Na oportunidade, mais de 200 pessoas compartilharam a história de como era antigamente dos indígenas que residiam às margens do Rio do Mel. A programação também contou com comidas típicas, apresentações artísticas e culturais, exposição de fotos e mostra de artesanatos.

    – Fiquei maravilhada, pois tudo foi preparado com muito carinho por todos. Trabalhamos a cultura dos povos indígenas, daqueles que fazem a literatura, a arte e a cultura acontecer. Foram dois dias de celebração e lindas atividades –, disse a professora da escola, Vanda Negrello.

    Na região de abrangência da 20ª CRE, são 11 escolas indígenas com mais de 900 alunos espalhadas no território dos municípios de Erval Seco, Iraí, Lajeado do Bugre, Liberato Salzano, Vicente Dutra e Planalto. Destas, três são da etnia Guarani e oito são do povo Kaingang.

    No município de Planalto, que concentra o maior número de escolas indígenas da regional, a professora Neuza Kafey Silva e os estudantes da Escola Estadual Indígena Kaigang Goj Ror, da Aldeia Pinhalzinho, deram início as comemorações realizando a coleta da comida tradicional indígena Kaigang, que foi preparada durante toda a semana para degustação na escola. “É um momento onde todos podem vivenciar de perto a cultura, os costumes, a tradição e reconhecer as lutas diárias“, destacou a professora. Na escola, também houve a colheita de ervas medicinais para a preparação do banho de purificação e pinturas corporais.

    Já na Escola Estadual Cacique Sy Gre e Escola Estadual Jag Mág, as atividades da Semana dos Povos Indígenas envolveram a alimentação típica, dramatizações kaingang, dança kaingang, exposições culturais, cânticos kaingang, exposição de trabalhos artísticos kaingangs, artesanato e plantio de mudas.

    A coordenadora regional, Jogelci do Carmo, destacou a importância das atividades para valorizar a cultura dos povos indígenas originários do Brasil.

    – Nossas escolas realizaram atividades maravilhosas e necessárias para que as crianças e os adolescentes conheçam a herança dos nossos ancestrais. Parabenizo as escolas pelo excelente trabalho realizado ao longo do mês, que envolveu estudantes, professores e comunidades. Celebrar e valorizar a cultura indígena significa preservar a história e a memória do nosso povo –, pontuou.

    Keno Barbosa Titon é aluno da Escola Estadual Guarani M’Baraká Miri, de Planalto, e conta que gosta de estudar na escola indígena porque aprende mais sobre sua cultura e também cresce dentro de sua aldeia.

    – Aqui eu aprendo a cultivar nossos costumes para mais tarde ensinar meus filhos e parentes. As comidas indígenas são bem naturais, sem veneno, é bem mais proveitoso e tudo mais saudável, como a pesca, a caça e o plantio. Tenho muito orgulho de estudar na minha aldeia –, disse Keno.

    Há mais de 24 anos trabalhando na Escola Estadual Indígena Joaquim Mariano, de Planalto, o professor Neri Rodrigues evidencia que seu ofício não é ensinar a cultura Guarani para os alunos, mas, sim, ser um transmissor de conhecimento, uma vez que a cultura vive na comunidade. “Todo dia tem cultura na aldeia, a cultura já está aqui nos mais antigos, nas pessoas mais velhas. Meu trabalho como professor é buscar esse conhecimento lá na casa, lá na aldeia, e trazer para a escola”, afirma.

    Segundo o educador, a escola que fica na aldeia é um espaço a mais para os alunos conviverem e aprenderem sobre a cultura indígena.

    – Eu digo que não se resgata os valores culturais, a gente revitaliza ele no convívio na comunidade. Então, hoje a gente faz os trabalhos de revitalização, buscando os mais velhos, as mais velhas, o casal e a comunidade em geral. Todos os dias eles estão presentes na escola, juntamente com os alunos. Aqui a gente faz essa conversa, a coleta de ervas e de material para confeccionar os artesanatos. É mais nesse trabalho que eu me coloco como professor, não para ensinar, mas para revitalizar a cultura –, completou. 

    *Informações Ascom/20ªCRE

    Amanda Busnello - Jornalismo Grupo Chiru
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    Edinei Dal Asta

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